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21 maio 21 08:00

Reforma no ensino médio, prevista para 2022, tem atraso nos estados

O ano que vem é o prazo para que 7,5 milhões de adolescentes brasileiros frequentem uma escola com currículo flexível, que atenda aos variados interesses e aptidões dessa população, com idade entre 15 e 17 anos. É que, em 2022, as redes pública e particular precisam estar com o Novo Ensino Médio implementado, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O Novo Ensino Médio é uma resposta a uma escola tida como desinteressante pelos jovens e, portanto, com altos índices de evasão. O modelo incentiva o protagonismo dos alunos, apresenta diferentes trilhas de conhecimento definidas em itinerários formativos e substitui a estrutura tradicional das disciplinas por formatos flexíveis e integrados de aplicação de conhecimentos e habilidades.

No entanto, a menos de um ano do prazo para que tudo isso saia do papel, os dados sinalizam que pode haver atrasos. Dados do Movimento pela Base – entidade não governamental que mantém um observatório da BNCC – mostram que oito dos Estados possuem os currículos do médio já homologados, dois têm currículos aprovados aguardando homologação e outros dez estão com os seus currículos em avaliação nos conselhos estaduais de educação.

Sete Estados ainda não enviaram currículo para avaliação: cinco estão realizando ou finalizaram consultas públicas de seus referenciais curriculares e dois ainda estão no processo de construção de seus referenciais curriculares.

A implementação do modelo vai além da construção de currículos alinhados à BNCC e com itinerários formativos. As redes estaduais precisam tomar outras decisões, por exemplo, sobre alocação de professores e mudanças no sistema de matrícula. “Faz falta um cronograma nacional para implementação, apesar de o MEC (Ministério da Educação) não ter esta atribuição definida em lei”, afirma Carlos Lordelo, coordenador de projetos para o ensino médio no Movimento pela Base. “De qualquer forma, deveria haver um cronograma com prazos para as coisas ocorrerem, como o envio de materiais didáticos e datas de avaliações alinhadas. São decisões que cabem ao governo federal e afetam os Estados.”

Fonte: Site Terra, acesso em 20/05/2021

 


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