Professor é investigado por assediar alunas de 12 anos em escola no litoral de SP
A Polícia Civil investiga um professor, de 64 anos, pelo crime de estupro de vulnerável após ser acusado de assediar quatro alunas, de 12 anos, em uma escola municipal de São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, as vítimas relataram que ele ‘roubava’ beijos nas bochechas e passava as mãos nas pernas delas. O homem foi afastado das atividades, mas negou as acusações.
Os casos teriam ocorrido em uma escola pública no bairro Catiapoã. Segundo o boletim de ocorrência (BO), uma das meninas relatou à Polícia Civil que, em determinado momento, o professor se aproximou e passou as mãos nas pernas dela, dizendo “nossa, você está muito branca”.
Ainda de acordo com o registro policial, outra aluna afirmou ter pedido autorização para ir ao banheiro, mas ouviu como resposta do homem: “Antes, vem aqui e abaixa”. Neste momento, segundo o depoimento, o professor deu um beijo no rosto dela.
A Polícia Civil informou ao g1 que ainda não há informações sobre quando o professor teria começado os assédios contra as alunas. O que se sabe, segundo o registro policial, é que uma vítima avisou o diretor da unidade de ensino e outras três foram à delegacia acompanhadas dos responsáveis.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), ter afastado o professor das atividades e aberto um processo administrativo para apurar as denúncias.
O g1 não localizou a defesa do professor investigado até a última atualização desta reportagem.
Denúncia
O caso veio à tona na quarta-feira (9), quando a aluna informou ao diretor que o professor estaria “praticando condutas inapropriadas” com as estudantes. No dia seguinte, os pais das outras três vítimas foram à escola e afirmaram que “tomariam providências” em relação ao profissional.
Diante das ameaças e como o professor estava no local, o diretor acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). Conforme registrado no BO, os agentes escutaram os envolvidos e decidiram levá-los à delegacia.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável no 1º Distrito Policial (DP) e encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), responsável pelas investigações. No local, o professor negou os fatos acompanhado de um advogado.
O que diz a prefeitura?
A administração municipal destacou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
A prefeitura acrescentou que, enquanto uma supervisora de ensino acompanha o processo administrativo, comprometeu-se também em oferecer suporte psicológico para as alunas. Assim, uma equipe de psicologia educacional e supervisão ficará na escola para acompanhar e dar assistência para as meninas.
Fonte: G1, acesso em 14/10/2024