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17 fev 23 08:00

Ensino médio não prepara para o ensino superior nem para o mercado de trabalho. Podemos ter em breve mudanças no novo ensino médio

A agência de notícias da indústria, SENAI e SESI, ao tratar do novo ensino médio nos apresenta uma questão bem interessante, qual seja, a reprovação do novo ensino. Em matéria pública no seu site é disposto:

O novo ensino médio começou a ser implementado nas escolas públicas e privadas do país, no ano passado, de forma escalonada até 2024. Apesar de a população estar pouco informada sobre o modelo, mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes, incluindo a escolha dos itinerários e novo modelo de currículo. A possibilidade de o estudante fazer um curso técnico é aprovada por 9 em cada 10 pessoas.

População aprova mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio

“A percepção da maior parte dos brasileiros converge com todas as avaliações do ensino médio. Temos um ensino de baixa qualidade, com altos índices de evasão e distorção idade série, que não engaja nem dialoga com os anseios da juventude e os desafios do século XXI. Mesmo pouco informada sobre a reforma do ensino médio, a sociedade concorda que as mudanças são necessárias”, observa o diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.


A última etapa da formação básica deve preparar os jovens para o início da trajetória profissional. Mas, para a maioria dos brasileiros, isso não tem acontecido: 57% acreditam que os estudantes concluem a educação básica pouco ou nada preparados para o ensino superior. Só 1 em cada 10 (13%) acha que o aluno sai bem preparado.

Quando a pergunta é se o ensino médio prepara para o mercado de trabalho, o índice se repete: 57% acham que prepara pouco ou nada, sendo que, entre os entrevistados com ensino superior, o percentual aumenta para 71%. Só 14% dos brasileiros – 4% de quem tem nível superior – avaliam que o estudante termina o 3º ano preparado para ingressar no mundo do trabalho.

A Expectativas com o novo modelo

A percepção de que o ensino médio não tem cumprido seu propósito e a avaliação positiva das principais mudanças previstas no novo modelo se desdobram em expectativas. Entre quem está muito informado ou informado sobre o novo ensino médio, 55% acreditam que o potencial para melhorar a formação do aluno é grande ou muito grande. Na população geral, esse índice é de 40%.

Fonte: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/populacao-aprova-mudancas-trazidas-pelo-novo-ensino-medio/


 

Essa matéria traz a tona o tema revogação do Novo Ensino Médio

Desde 2018, tramita no Congresso Nacional o PL 10682 que visa revogar a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que implementou o conjunto de medidas conhecidas como Reforma do Ensino Médio. Esse projeto passou pela Comissão de Educação com o Parecer favorável à sua aprovação:

Do Parecer da C.E – Por fim, recomendo a todos os Parlamentares a leitura atenta da Justificação da proposição. Diante do exposto, nosso voto é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 10.682, de 2018, do Senhor Deputado Bacelar.

Hoje o PL está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aguardando novo Parecer e, em seguida irá para o Senador Federal e, o que tudo indica, está tomando força a ideia de que é necessária a revogação do Novo Ensino Médio.

O que é lamentável é a falta de uma política de Estado séria, brinca não só com a livre iniciativa que se lança na oferta da educação a sociedade, que é jogada de um lado para o outro, com grandes gastos e mobilizações, como também com a população que é levada a pensar de acordo com as ondas de políticas de governos.

A questão presente nesse tema é: quando será que os políticos brasileiros irão perceber que cada povo, cada Estado Nacional, possui cultura e costumes diferentes?

Olhar para as demais nações no mundo e copiar e colar políticas bem-sucedidas no exterior, pode não retratar o mesmo êxito no Brasil e, novamente indagamos: onde queremos chegar como Nação? O Brasil em nosso entender há muito vem sendo reprovado no ensino, prova disso são os resultados do PISA.

Não bastasse, a falta de políticas sérias com a educação (ensino/aprendizado) no Estado Brasileiro, falta também o respeito com a livre iniciativa, que vem lutando a anos não só com grandes dificuldades financeiras. Isso em face das constantes mudanças que são obrigadas realizar em face de políticas públicas instáveis e ineficiências do Estado, e, ainda, a sociedade levada ora por um pensar ora por outro. Onde iremos chegar? 

Por: Dr. Ricardo Furtado – Consultor Jurídico, Educacional, Tributário, Especialista em Ciências Jurídicas – 16/2/2023

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