Conselho Nacional de Educação aprova orientações sobre proibição de celulares nas aulas
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as orientações para a proibição de celulares nas escolas. Caberá à cada instituição definir onde os aparelhos poderão ser armazenados: com o estudante, com o professor ou na entrada da escola em compartimentos coletivos. Para a presidente da Comissão de Educação, senadora Teresa Leitão (PT-PE), o uso dos aparelhos tem atrapalhado a aprendizagem. Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) pontuou que denúncias sobre comportamento inadequado nas escolas poderão ser feitas verbalmente, e não apenas por meio de filmagens de celular.
Transcrição
OS ALUNOS TERÃO TRÊS FORMAS DE GUARDAR O CELULAR NA ESCOLA: NA MOCHILA, EM UMA CAIXA COM PROFESSOR OU NO ARMÁRIO NA ENTRADA DO COLÉGIO. É O QUE APROVOU O CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SOBRE A PROIBIÇÃO DO USO DE APARELHOS NO AMBIENTE ESCOLAR. REPÓRTER MARCELLA CUNHA O Conselho Nacional de Educação aprovou regras para implementar a lei que proíbe celulares nas escolas. Cada instituição de ensino vai definir o melhor lugar para guardar os aparelhos, que poderão ficar na mochila do aluno, na sala de aula sob a supervisão do professor ou, ainda, guardado na entrada do colégio em armários coletivos. A norma também sugere que as escolas recomendem aos pais e responsáveis que, “sempre que possível, deixem os telefones em casa” e estabelece que cada direção escolar vai definir as consequências para os estudantes que descumprirem a regra. Para a presidente da Comissão de Educação, senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, que é professora e pedagoga, o uso excessivo dos aparelhos tem prejudicado a aprendizagem. O uso excessivo do celular tem reduzido a capacidade de raciocínio, capacidade de atenção. As crianças ficam muito introspectivas, ela e a tela, a tela e ela. Fora alguns problemas para a própria saúde, problemas de visão, problema de atenção, problemas de introspecção muito grande, de falta de sociabilidade. Então não é um aparelho, não é um instrumento que tenha favorecido a educação e a construção pedagógica do conhecimento. Pelo contrário, tem dificultado. Já o senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, pontuou que o celular é uma ferramenta importante para que alunos possam filmar comportamentos inadequados dentro da escola. Porém, considera que a proibição tem um balanço positivo e que esses casos podem ser denunciados de outras formas. O estrago é muito maior de você estar com o celular em sala de aula, com falta de atenção no que o professor está dando, perdendo a percepção dos colegas que estão ali. Eu, particularmente, que sou contra a doutrinação de escolas, acredito que o balanço é muito mais positivo você restringir o celular. E se tiver alguma denúncia dessa, que seja feita de forma verbal, que seja colocado, é porque a gente dê a boa fé também para os alunos e procure ter uma investigação. O Conselho Nacional de Educação vai detalhar as regras da lei que proibiu o uso de celulares nas escolas, inclusive no recreio e durante o intervalo entre as aulas. Mas manteve uma exceção para alunos com deficiência que necessitem de tecnologia assistiva, ou para o monitoramento da saúde, mediante atestado. O CNE vetou o uso de bloqueadores de sinal, que podem afetar professores e funcionários. Da Rádio Senado, Marcella Cunha
Fonte: Radio Senado, acesso em 25/02/25
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