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06 nov 24 08:00

7 em cada 10 escolas privadas de SP pretendem enrijecer regras para uso de celular, com ou sem diretriz do Congresso, aponta pesquisa

De acordo com a pesquisa, 16% das instituições particulares afirmam já proibir totalmente o uso do celular no ambiente escolar e apenas 6% permitem o uso irrestrito dos aparelhos. A maioria, 78% delas, impõe algum tipo de restrição, seja por faixa etária ou estabelecendo momentos de uso liberado.

Para 53% das escolas, a solução para os problemas causados pelo uso excessivo de aparelhos e redes sociais é investir em programas de prevenção e conscientização. Somente 23% veem a restrição total como uma boa saída.

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“Precisamos aprofundar o debate dos prós e contras da restrição. Vivemos, nesse momento, um problema cultural do uso do celular e não é apenas uma simples proibição que vai levar o sucesso às escolas – acreditamos que as instituições precisam ensinar para seus alunos e famílias o uso responsável do celular e das tecnologias que já fazem parte tanto da vida dos professores como dos alunos também”, afirma o neuroeducador Fernando Lino, consultado pelos pesquisadores.

O levantamento foi realizado entre 17 e 28 de outubro, de forma presencial e online, com representantes de escolas particulares de dez estados brasileiros. No território paulista, foram questionadas 95 instituições privadas.

 

Discussão no Congresso Nacional – Celular proibido nas escolas?

Em setembro, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que estava preparando um projeto de lei (PL) com o objetivo de proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas do Brasil. Contudo, a pasta desistiu de apresentar uma proposta própria e optou por “aproveitar” projetos sobre o tema que já tramitavam na Câmara dos Deputados.

O PL 104/2015, por exemplo, prevê a proibição do uso de celular dentro de sala, no recreio e também nos intervalos entre as aulas para todas as etapas da educação básica. Nesse caso, o uso seria permitido apenas para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor, e por questões de acessibilidade, inclusão e saúde.

O texto, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), tramita na Câmara desde 2015. Nesta quarta-feira (30), ele foi aprovado pela Comissão de Educação da Casa. Com isso, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sendo, posteriormente, debatido no plenário e enviado ao Senado.

 

Fonte: G1, acesso em 05/11/2024


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