Notícias
28 dez 21 07:23

ENSINO REMOTO TRAZ NOVA ONDA DE APLICATIVOS EDUCACIONAIS ‘TUDO EM UM’ COM ELEVADO NÚMERO DE DADOS PESSOAIS QUE A PLATAFORMA PODE EXIGIR E CONTER DENTRO DELA

Um login para acessar as notas e o boletim, outro para acessar a plataforma de videoaulas, um terceiro para acompanhar a agenda. E assim por diante. Em tempos de ensino remoto e uso intenso da tecnologia no contexto educacional, é cada vez mais comum que pais, alunos, educadores e instituições de ensino tenham variadas plataformas para gerir suas vidas escolares.

Nas escolas, diminuir a quantidade de cliques entre ferramentas de comunicação, gestão e aprendizagem é valioso para todos os envolvidos, sejam professores, gestores, pais e alunos. A integração de tecnologia e a criação delas são fundamentais para garantir a eficiência do processo de transformação digital da escola.

 

CONHEÇA NOSSA ASSINATURA MENSAL

 

No contexto da pandemia, como em nenhum outro momento, muitas escolas se viram obrigadas a adotar o uso das tecnologias digitais em suas rotinas, seja por meio de videoaulas ou para outras questões administrativas.

A junção de diferentes serviços em um só vem para facilitar. Há uma preocupação com o engajamento, com absorção de conteúdo e com dar ao professor ferramentas que de fato o auxiliem no processo de dar aula. Para pais de alunos de redes de ensino privadas, que precisam acompanhar quadros financeiros e pagamentos, além dos boletins, é um grande avanço contar com algo assim.

Ter uma plataforma que reúne diferentes logins envolve um outro complicador que deve ser observado tanto pelas instituições de ensino que contratam o serviço, quanto por pais e professores que o utilizam. Trata-se do elevado número de dados pessoais que a plataforma pode exigir e conter dentro dela. Há a possibilidade de que, além de servir como centralizadoras de login, plataformas como essas possam ser aglutinadoras de dados de diferentes origens.

Qualquer tratamento de dados (coleta, classificação, utilização, armazenamento, eliminação, avaliação, dentre outros) deve ser constantemente revisto, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes. É preciso tornar clara a finalidade do uso desses dados, sejam eles coletados para criar o perfil do aluno, por exemplo, sejam para fornecer informações sobre os boletins.

Independentemente de os dados terem vindo de empresas diferentes, as plataformas centralizadoras são também controladoras dos dados e, portanto, responsáveis por eles. Devemos ter uma preocupação com os dados, mas é preciso ter um balanço. O mais importante é a pessoa decidir o que faz com o que é dela. “Esses superaplicativos vieram para ficar, então, o ideal é discutir algo relacionado à regulação. Essa regulação seria com base na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

É necessário deixar claro para o contratante do serviço quais dados à plataforma terá acesso e solicitar o consentimento dos usuários em relação a esse uso de dados.

O futuro parece ter um lugar para esses aplicativos agregadores. O mundo passa hoje por um processo de transformação que não começou na pandemia, mas que foi acelerado por ela.

Fonte: Porvir, acesso em 27/12/21

 


LEIA TAMBÉM: PORTARIA MEC/CNE 1031, DE 17/12/2021 – DIVULGA OS RESULTADOS FINAIS DO CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE 2021

Tags: