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23 ago 21 07:46

ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS INCLUEM EDUCAÇÃO FINANCEIRA NOS CURRÍCULOS

Pelo menos 500 mil professores das redes pública e privada do país deverão ser capacitados, no prazo máximo de três anos, na área da educação financeira. O objetivo da medida é disseminar o conhecimento sobre o tema entre estudantes do ensino básico. A expectativa é que cerca de 25 milhões de jovens sejam beneficiados.

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Para isso, o Ministério da Educação (MEC) firmou parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que vai colaborar com a formatação dos conteúdos. Segundo informações na página do MEC, o curso de formação dos professores será gratuito, online e autoinstrucional. Fica faltando apenas à assinatura do convênio.

Entre os temas abordados, “formação de poupança”, “consumo consciente”, “orientação em investimentos”, “proteção contra fraudes financeiras”, “desenvolvimento de hábitos e atitudes que contribuem para o bem-estar financeiro”. Livros e material de apoio pedagógico serão distribuídos a docentes e alunos.

A temática é apresentada como tema integrador, sendo uma das estratégias pedagógicas que visam “estimular o exercício da cidadania”, ensinando esse público a “lidar com as decisões financeiras que assumirão durante a vida”.

“Por meio dessa temática integradora, os estudantes têm aprendido a fazer uma leitura do cotidiano, a planejar o seu futuro, e a realizar sonhos de forma sustentável e responsável, ou seja, evitando assim compras por impulso e, consequentemente, o endividamento, aspectos esses que certamente contribuem negativamente no desenvolvimento biopsicossocial. Muito além do que operar cálculos, eles aprendem a tomar decisões”, explica.

As crianças se tornarão cidadãos conscientes, que sabem fazer boas escolhas com o dinheiro, que consomem com sabedoria, e que buscam conquistar seus sonhos, aprendendo a poupar e ter disciplina. Além de desenvolver uma cultura de prevenção, entendendo a importância de pensar e planejar o futuro.

 “Infelizmente, ainda não é um tema difundido dentre a maioria das escolas. O papel da família no processo de educar financeiramente as crianças é muito importante, contudo, também é um grande problema, pois muitos adultos nunca tiveram educação financeira na infância e ao longo da vida não conseguem administrar bem as suas finanças”.

Na atual fase do capitalismo, o conhecimento, que sempre foi a referência na produção de mercadorias, é usado na produção de símbolos que servem como base de manipulação. Emoções e sensibilidades são exploradas e a subjetividade humana passa a ser alvo de campanhas que exploram a falta de conhecimento de matemática básica. Precisamos ficar atentos à naturalização do endividamento.

Fonte: A Tarde, acesso em 23/08/21

 


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