Pareceres e orientações
28 jan 21 14:49

Orientação – um novo tempo – a demanda mundial de vacinas e o reflexo na educação escolar e nas matrículas

 

O mundo inteiro se movimenta no sentido de vacinação em massa contra a COVID-19. Alguns noticiários ou mesmo repórteres insistem em afirmar que alguns países estão avançados no processo de vacinação, outros afirmam que a vacinação está em compasso bem lento.

Isso por que as vacinas, pelo menos três delas, foram aprovadas, em alguns países, no final de 2020 e a vacinação começou em janeiro em alguns Estados do mundo. Contudo, essa notícia, aliada à notícia de que países como o China e Índia estão bloqueando a saída de insumos aos seus compradores e, ainda, que os EUA bloqueiam a exortação de seringas a outros países nos leva a duvidar muito daquilo que temos ouvido no Brasil.

Não obstante, Portugal sofre nos dias de hoje com a falta de oxigênio para atendimento aos pacientes da COVID-19. A Inglaterra, segundo o noticiário, é um dos países que dizem que está muito adiantado na vacinação, contudo, várias regiões desse país estão em regime de lockdown. Esse comportamento é também verificado em Israel, o país que mais vacinou no mundo.

De outro lado, os Laboratórios da Astrazenica e Oxford estão atrasando as entregas das vacinas com a União Europeia e outros. No sentido posto, o Brasil que também começou com a vacinação em janeiro de 2021 cumpre com aquilo que é possível diante de uma insegurança e egoísmo dos homens no mundo.

Assim, aquele ditado: farinha pouca, meu pirão primeiro, torna-se uma verdade mundial. Acontece que, com essa insegurança e com o medo instalado nas populações, param a economia nacional e mundial e, o que é pior, proporciona a desinformação atrofiando a formação das personalidades de nossas crianças, que nos dias de hoje, passam confinadas em casa, como animais presos em estábulos.

Assim, diante desse panorama mundial e nacional, é necessário que as escolas de todos os níveis se preparem para mais um ano difícil. Temos ouvido e visto diariamente nas notícias que escolas ainda estão fechadas em algumas regiões, onde estão funcionando pais estão com medo de mandar seus filhos às escolas e isso tem refletido nas matrículas em todos os níveis.

No sentido posto, as escolas devem estar preparadas, ainda neste ano de 2021, para o ensino remoto ou por meios eletrônicos, ou ainda, preparadas para o ensino híbrido, com salas invertidas, rodízios em salas de aulas.

Não obstante, alguns estados de nossa federação, olhando para as diretrizes do Conselho Nacional de Educação, estão por meio dos Conselhos Estaduais e Municipais autorizando o ensino por meio eletrônicos, que não é o mesmo que EAD. Essa modalidade de ensino remoto pode se dar de forma síncrona, em tempo real, ou assíncrona, no tempo do aluno e professores, por meios de plataformas, livros, e-mails e entrega de material.

O que queremos com tudo exposto é chamar a atenção da escola para a necessidade do preparo do pessoal de secretaria no atendimento dos usuários dos serviços educacionais, bem como estar pronta para informar, se for o caso, sobre a oferta da modalidade de ensino sincrônico, em tempo real, direto da sala de aula, ou mesmo assíncrono, por plataformas e em momentos diferentes do professor e aluno.

Por fim, a utilização do ensino remoto para os alunos das turmas maiores, inclusive o ensino médio, possibilitará a escola um maior número de salas vazias, o que poderá facilitar a oferta do ensino presencial para os menores, haja vistas o respeito às distâncias e aglomerações na entrada e saída da escola, bem como nos recreios.

Havendo ainda possibilidade de espaço, a escola poderia adotar o revezamento de turmas dos maiores, sempre com observância aos protocolos e normas. Tal prática significa a sobrevivência da escola num novo tempo.

Por. Dr. Ricardo Furtado – Consultor Jurídico Educacional, Tributário, Humanista, especialista em ciências jurídicas. 28/01/2021

 


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