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22 ago 25 07:51

Professora é demitida após agredir criança de 4 anos com livros em escola particular no RS

Professora é demitida após agredir criança de 4 anos com livros em escola particular no RS

Caso ocorreu em Caxias do Sul e envolve agressão, investigação policial e apoio da escola à família


O ocorrido

Uma professora de 49 anos foi demitida após agredir um menino de 4 anos com uma pilha de livros em uma escola particular de Caxias do Sul (RS). A docente comunicou aos pais que a criança teria caído no banheiro, mas o aluno perdeu um dente e teve outros cinco comprometidos devido à força da agressão.
O caso foi registrado no dia 19 de agosto, na Escola Infantil Xodó Da Vovó. A gravidade foi percebida pelo dentista, que alertou sobre sinais incompatíveis com uma simples queda, levantando suspeitas.

Descoberta da violência

Os pais solicitaram acesso às imagens das câmeras de segurança da sala de aula, que confirmaram a agressão. O vídeo mostra a professora aos gritos com o menino e, em seguida, o agredindo com livros. Após o ato, a professora limpa a criança, segura em sua mão e a leva para outro local.

Medidas tomadas

A direção da escola declarou em nota seu compromisso com o bem-estar das crianças, demitiu imediatamente a professora e acompanhou os pais à delegacia, entregando o material à polícia.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) instaurou inquérito para investigar o caso como lesão corporal.

Estado da criança

Segundo os pais, o menino está em recuperação, mas com restrições alimentares e emocionais, apresentando sinais de medo e trauma. O responsável relatou que a criança só pode se alimentar com comidas amassadas e que está bastante abalada. “Sinto ele muito com medo. Qualquer barulho, ele está assustado, até conosco. É um trauma. Trauma para sempre”, disse o pai. Os pais comunicaram que não responsabilizam a escola, mas querem justiça:

“Quero que ela vá presa […] Ver o filho da gente ter que almoçar e jantar de canudo é o que mais dói. Isso não se faz, é um inocente.”


O que diz a escola

Segundo o diretor Cristhian Segatto Ferreira, a professora era considerada dedicada e querida pelas crianças, sem histórico anterior de problemas. Ela havia acabado de retornar de afastamento médico de duas semanas e não reagiu ao ser confrontada com as imagens da agressão.