Notícias
24 out 22 10:20

Pesquisa aponta que 7 em cada 10 escolas privadas não contam com estrutura para inclusão de alunos com deficiência

Uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) constatou que 7 a cada 10 escolas privadas no estado não contam com estrutura para inclusão de alunos com deficiência. Segundo dados do Sinpro/RS, a educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) do ensino privado no estado conta com 746 instituições de ensino e 16.882 professores.

Em nota assinada pelo presidente Oswaldo Dalpiaz, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), que representa as direções das escolas, diz que não teve acesso à pesquisa, mas que “reconhecemos que é um assunto complexo e que tem merecido uma atenção especial por parte das escolas, mas, ao mesmo tempo, constatamos um esforço grande e efetivo das instituições em criar as condições necessárias para o atendimento de alunos com deficiência”.

O G1 entrou em contato com o Conselho Estadual de Educação, responsável por fiscalizar as escolas e o serviço prestado por elas, que não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem.

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (10), foi feita entre os dias 15 e 29 de agosto deste ano pela consultoria FlamingoEDU, a pedido do Sinpro/RS. Participaram 969 professores de todas as regiões do estado, que responderam a um formulário com 26 questões objetivas sobre a escola, o professor e o aluno. Eles também fizeram relatos sobre a sua realidade em uma questão aberta.

A conclusão foi que as escolas da educação básica não disponibilizam a estrutura nem o pessoal de apoio necessários para a efetivação de uma educação inclusiva, como determina a legislação.

Sobre as condições de trabalho, somente 27,4% dos professores que participaram da pesquisa responderam que contam com ambientes adequados e bem equipados, enquanto 28,3% alegam não ter em suas escolas um espaço físico para o atendimento dos alunos com deficiência. Para 25,6%, o ambiente é pequeno, mas devidamente equipado, e 13,2% informaram que existe espaço, mas sem ferramentas e materiais para os alunos.

Em relação ao desenvolvimento dos alunos, 46% dos professores revelam que assumem a responsabilidade – 24% contam com materiais básicos e apenas 9% têm condições adequadas. Os docentes informaram que gastam, em média, anualmente, R$ 300 do seu próprio salário com a compra de materiais de apoio que não são disponibilizados pelas escolas.

Segundo ela, a pesquisa vai servir de base para uma campanha que os sindicatos vão realizar para que as escolas preservem o direito de descanso dos professores e que garantam o apoio necessário para a inclusão dos estudantes com deficiência.

Fonte: G1, acesso em 24/10/22


Leia Mais: Parecer CEE/RJ 049, DE 19/10/2022 – Responde a consulta quanto a forma de organização e oferta de Educação de Jovens e Adultos na Modalidade de Educação a Distância, e dá outras providências

Tags: