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11 out 21 09:11

ESCOLAS PARTICULARES SE DIVIDEM SOBRE RETORNO PLENO ÀS AULAS PRESENCIAIS RECOMENDADO PELA PREFEITURA DO RIO

Um dia após o comitê científico da Prefeitura do Rio recomendar o retorno pleno às aulas presenciais para todas as redes do município, inclusive a privada, as escolas particulares se dividem na adesão à medida. Houve quem tenha antecipado o fim do distanciamento mínimo de um metro — condição para que todos os alunos de uma mesma turma possam voltar a comparecer juntos a uma mesma aula, sem rodízio — já nesta quinta-feira. E há quem já esteja decidido a não implementar a novidade, mesmo depois de a prefeitura transformá-la em decreto, devido ao choque entre as legislações municipais e estaduais. Ontem, a Secretaria municipal de Educação (SME) anunciou que a mudança será implementada na rede municipal a partir do dia 18.

Isso porque uma resolução conjunta publicada em agosto pelas secretarias estaduais de Educação e de Saúde, que também definem protocolos para a rede privada (além das estaduais), estabelece um distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos. Ela também determina que, caso a determinação do município seja mais restritiva, as escolas devem segui-la. Em consonância com a nova decisão da capital, no entanto, a legislação estadual resolve ainda que as escolas podem receber 100% de seus alunos presencialmente nas cidades com bandeira amarela na classificação de risco, que é o caso do Rio de Janeiro.

O retorno pleno das atividades presenciais já é uma realidade entre as escolas privadas, que têm estrutura para investir na contratação de novos professores e na ampliação do número de salas para receber todos os seus estudantes ao mesmo tempo. Em muitas delas, as turmas foram subdivididas para que não houvesse aglomeração durante as aulas.

Sobre o fim do distanciamento, a rede Qi aguarda a publicação do decreto da prefeitura para se decidir. Diferentemente da creche-escola Sunny Days, no Méier, que resolveu aderir à mudança já nesta quinta-feira. Os alunos da creche de luxo, que têm entre 6 e 11 anos, ajudaram a retirar do chão as fitas que marcavam a distância entre as carteiras. A cena se repetiu na creche-escola Bom Tempo, em Botafogo, do mesmo grupo educacional.

Por outro lado, algumas escolas resolveram que não vão implementar a novidade nem mesmo após a regulamentação da prefeitura. É o caso do pH, que aguarda um posicionamento por parte do governo estadual, e também do Santo Inácio.

— Todas as nossas decisões são baseadas nas recomendações oficiais dos órgãos competentes. Estamos aguardando um posicionamento do governo estadual sobre o assunto para tomarmos decisão. Mais de 90% das nossas turmas já não têm rodízio — diz Filipe Couto, diretor pedagógico geral do colégio pH.

Pioneira no anúncio da exigência de comprovante de vacinação a seus alunos, a Escola Americana já disse que não vai reduzir o distanciamento, sem dar justificativas. A instituição também foi uma das primeiras a permitir o retorno 100% presencial a seus alunos, sem adotar o regime de rodízio.

A Prefeitura do Rio divulgou na noite desta quinta-feira um calendário de retorno ao ensino presencial pleno na rede municipal, que começa no próximo dia 18. Secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha esclareceu que as novas disposições do comitê científico não serão publicadas em Diário Oficial, pois o novo protocolo sanitário do município já está disponível no portal da prefeitura.

Apesar das novidades, as escolas particulares devem manter seus recursos virtuais por um longo tempo, dado o investimento realizado até agora.

— Imagino que o ensino híbrido seja uma possibilidade até o fim do ano, pelo menos. Também pretendemos prosseguir incentivando a vacinação, que olhamos de maneira muito positiva — diz o diretor do Colégio Qi, André Marinho.

As universidades privadas devem seguir o mesmo caminho. A Pontifícia Universidade Católica (PUC) informou que já iniciou as atividades presenciais em alguns laboratórios mediante a exigência do comprovante da vacinação, e em 2022 deve retornar na forma híbrida.

A Estácio atualmente possui 60% das aulas presenciais e vai manter o esquema até o ano que vem, quando avaliará o cenário para o retorno. Já as Faculdades Integradas Hélio Alonso permanecem com as atividades remotas e planejam a volta presencial em fevereiro do ano que vem, caso o cenário epidemiológico permita.

Fonte: Jornal O Dia, acesso em 11/10/21

 


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