Quem pretende matricular os filhos em uma escola particular no próximo ano, seja na educação infantil, ensino fundamental ou médio, deve preparar o bolso. O reajuste das mensalidades, que acontece todos os anos, pode chegar a 14,63% para 2020, cerca de cinco pontos percentuais a mais do que a alta máxima encontrada neste ano, que foi de 9,49%.
O aumento deve superar, e muito, o próprio índice geral da inflação no país. Segundo o IBGE, a inflação acumulada entre dezembro de 2018 e novembro deste ano – o último dado disponível – foi de 3,27%
A reportagem pesquisou os valores das mensalidades de algumas das principais escolas particulares de BH para o ano que vem e os comparou com os praticados neste ano. O reajuste mais baixo encontrado foi de 3,7% e o mais alto de 14,63%,
A presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis, explica que, não somente este ano, mas em todos os outros, o rejauste da mensalidades geralmente fica acima da inflação. A Lei 9.870/99, que regulamenta a forma de reajuste das escolas, não estabelece teto para o percentual, mas determina que as mensalidades só podem ser reajustadas por meio de uma planilha de custos.
“É nesta planilha que a escola vai colocar todo o custo operacional para o seu funcionamento, incluindo as melhorias pedagógicas que precisa implementar para o ano seguinte. Então, quando a escola aumenta a mensalidade além da inflação, é porque a planilha dela indica que, para que possa arcar com todo o custo de funcionamento de mais um ano, é preciso aplicar aquele índice”, esclarece. Isso inclui os salários dos professores, as despesas para o custeio mensal, como luz e de água, além das melhorias pedagógicas. “Cada escola tem a própria planilha e por isso estes reajustes variam em cada instituição”, aponta.
Apresidente do Sinep destaca que nenhuma escola tem interesse em aumentos exorbitantes, porque se a instituição tem um aumento muito grande isso pode levar à perda de alunos.