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01 jun 20 15:20

CRIVELLA ANUNCIA FLEXIBILIZAÇÃO DA QUARENTENA EM SEIS FASES A PARTIR AMANHÃ

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou hoje que a capital fluminense iniciará a partir de amanhã (2) um plano de flexibilização gradual da quarentena. A reabertura das atividades econômicas será dividida em seis etapas “lentas, graduais e com segurança”, de acordo com o prefeito.

Um decreto será publicado no Diário Oficial detalhando cada uma das seis fases. Segundo Crivella, o município não registra filas por leitos em UTIs destinadas à covid-19 neste momento —apesar dos recordes de mortes pelo coronavírus no estado— o que permite pensar na reabertura.

“O afastamento social, na medida que vai se prolongando, vai causando efeitos piores, que não compensam as suas vantagens. Há aumento de suicídios, depressão e alcoolismo, além de mortes por outras comorbidades”, argumentou o prefeito.

Crivella afirmou que o plano foi traçado com base em informações do Conselho Científico da Prefeitura que assinará um parecer no decreto para evitar judicializações e intervenções do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O governador Wilson Witzel já estaria a par das metas de reabertura das atividades —o que permitiria um alinhamento de recomendações entre Prefeitura e Governo e evitaria conflito de informações para os cidadãos. O plano será apresentado ao CREMERJ (Conselho Regional de Medicina), à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ao TJ (Tribunal de Justiça).

O que fica permitido a partir de amanhã

  • Atividades esportivas em centros de treinamento
  • Atividades físicas nos calçadões e na orla da cidade
  • Atividade aquática individual no mar
  • Atividades em igrejas (seguindo protocolos de desinfecção do ambiente)
  • Comércio em lojas de móveis (de venda e decoração)
  • Comércio em concessionárias de automóveis /(proibidos feirões e eventos)

Prefeitura projeta volta das aulas em julho

De acordo com o prefeito, as aulas na rede municipal de ensino podem ser retomadas em julho, caso os protocolos sejam seguidos a risca. “As aulas poderão começar, se o plano todo der certo, em julho. Se todos os parâmetros forem seguidos, em agosto voltamos à vida normal, ao novo normal'”, afirmou o prefeito.

 O superintendente da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, Flávio Graça, afirmou que o plano foi traçado com “pilares que se baseiam na preservação da vida em primeiro lugar”.

De acordo com ele, “Foi levada em consideração a capacidade de absorção de novos casos pelo sistema de saúde. Isso inclui o percentual de ocupação dos leitdas UTIs destinadas a adultos na rede do SUS e os leitos de UTI na rede privada do município”, explicou.

“A quarentena provocou achatamento da curva de infecções da doença. Com a retomada das atividades, é normal que a curva volte a subir um pouco. Por isso, a taxa de mortes e infecções será avaliada semanalmente. Caso algo saia do controle, poderemos retomar a etapa anterior. Por isso é tão importante a colaboração de todos”, completou Flávio.

“A primeira e a segunda fase serão extremamente restritivas e cautelosas [cada fase deve ter duração de 15 dias]. O comércio, na primeira fase, continua só com atividades essenciais. Na segunda fase, são abertos os shopping centers com regras específicas, como diminuir o estacionamento em um terço da capacidade, possibilitar que todas as pessoas possam manter o afastamento de dois metros, horário de funcionamento de 12 às 20h. A ideia é fazer o escalonamento de atividades para causar o mínimo de impacto nos transportes”, afirmou.

Quem descumprir as regras será multado

Crivella afirmou que haverá penalidade estabelecida em decreto para quem, eventualmente, descumpra as normas estabelecidas. “A Vigilância Sanitária vai atuar intensamente na divulgação das regras. Quem descumprir essas regras será multado. A multa vai variar de R$ 500 a 2 mil. O infrator ficará sujeito à cassação da sua licença sanitária”, explicou.

Crivella também disse que pedirá aos hospitais da rede privada que não fechem alas destinadas ao combate da covid-19. “Alguns hospitais privados fecharam suas alas destinadas à covid. Pedirei a eles que não fechem. Podemos ter aumento no número de infecções e leitos. É necessário que tenhamos leitos de reserva”, concluiu.

 


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