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29 nov 21 12:56

CRESCE O NÚMERO DE ESCOLAS COM PROGRAMAS BILÍNGUE NO BRASIL. HOUVE UMA ALTA ENTRE 6% E 10% NESSA MODALIDADE

A possibilidade de o filho, criança ou adolescente, aprender com propriedade uma segunda língua tem sido um fator cada vez mais decisivo para a escolha da melhor instituição de ensino por parte dos pais no Brasil. Em cinco anos, entre 2014 e 2019, houve uma alta entre 6% e 10% no setor de escolas bilíngues, conforme indicativos da Abebi (Associação Brasileira do Ensino Bilíngue).

Somente em São Paulo, o número de alunos em instituições do gênero avançou de 2.800 para 4.600 no mesmo período, segundo a Oebi (Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo). A entidade considera bilíngue as unidades escolares que dedicam ao menos 75% de sua carga horária em outra língua no Ensino Infantil e de 25% no Ensino Médio.

 

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O país, ademais, possui cerca de 40 mil escolas privadas, de acordo com o MEC (Ministério da Educação), sendo que uma média de 1,2 mil instituições oferecem programas de educação bilíngue, conforme estimativa da Abebi.

 

Lueli Ceruti, gestora do Thomas Bilíngue for Schools – programa bilíngue completo para escolas -, considera que a alta do número de escolas que oferecem a educação com um programa bilíngue no Brasil cresce à medida que os brasileiros se dão conta da importância de dominar uma segunda língua.

A gestora do Thomas Bilíngue for Schools explica que uma escola com programa bilíngue é uma alternativa para o aprendizado de outro idioma, oferecendo uma série de diferenciais em relação a cursos extracurriculares intensivos. “A grande vantagem do programa bilíngue é estabelecer uma conexão real com a realidade da criança, com os conteúdos que foram ou estão sendo explorados em sua vida escolar, em seu dia a dia”.

De forma concomitante, um estudo realizado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) em 2018 revelou que a infância é o período em que ocorre maior fixação de conceitos de gramática no aprendizado de língua inglesa.

Segundo ela, com mais dois anos, os estudantes alcançam o nível A2. “Após cinco anos, podem chegar ao nível B1, bastante operacional, atingindo a independência no idioma, até chegar ao nível B2, após oito ou nove anos de programa, ao final do Ensino Fundamental”.

 

A especialista cita um levantamento realizado pela British Council, instituição pública do Reino Unido, que revela que 48% das empresas consideram o domínio do inglês como uma competência essencial. “Por isso, concluir a Educação Básica já com o inglês fluente representa um diferencial para os jovens que pretendem construir uma carreira sólida”.

Ceruti também explica que, com a alta demanda, cresce o número de escolas que buscam implementar o ensino bilíngue por meio de programas. “Os colégios buscam por programas que ofereçam uma formação completa, não só dos professores, mas dos gestores e do pessoal administrativo, como um processo de ‘abraço’ da instituição”.

Para a especialista, em programas de educação bilíngues, os educadores das escolas particulares devem receber uma atenção especial, passar por um processo de validação linguística, por um treinamento teórico e por um curso de formação. Após esse período, os professores devem continuar sendo acompanhados por consultores em sessões de desenvolvimento, em observações de aulas e em novos momentos de formação, em um processo contínuo e ininterrupto.

Fonte: Terra, acesso em 29/11/2021

 


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