A EDUCAÇÃO 5.0 GANHA FORÇA NO BRASIL COM A PANDEMIA, UNINDO PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO E COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
A chamada Educação 4.0 já vem sendo adotada há tempos em várias escolas brasileiras. Ela pretende preparar o aluno para atividades que uma máquina não consegue realizar, com foco nos conhecimentos digitais, matemáticos e lógicos. Também são enfatizados o empreendedorismo, o aprendizado colaborativo e o protagonismo do aluno.
Mais recentemente entrou em campo a Educação 5.0. Ela não elimina os conceitos da versão anterior e agrega outros, sobretudo relacionados às competências socioemocionais. O aprendizado passa a levar em conta a colaboração com a comunidade e com a sociedade de uma forma geral. A Educação 5.0, portanto, é voltada ao protagonismo social e estimula a integração cada vez maior entre os seres humanos e a tecnologia.
A ideia surgiu no Japão, em 2016, e tem como principal objetivo utilizar a tecnologia para facilitar o trabalho e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Para isso, tecnologias como inteligência artificial, big data, robótica e machine learning, por exemplo, são utilizadas para tornar o dia a dia mais fácil, seguro, saudável e com menos danos ao meio ambiente.
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Nesse sentido, a Educação 5.0 não substitui a Educação 4.0. Pelo contrário, seu surgimento é uma evolução das práticas anteriores no contexto das novas necessidades da sociedade.
Para inserir a escola no contexto da Sociedade 5.0, o primeiro passo é olhar para as novas demandas do mundo ao redor dos alunos e entender que as transformações são baseadas em tecnologia, mas centradas nos seres humanos e suas relações.
A partir disso, a instituição pode fazer um diagnóstico da própria situação para identificar quais pontos podem ser aprimorados e qual a melhor maneira de fazer isso.
Assim, é possível traçar um planejamento de onde a escola está e onde deseja chegar, definindo ações práticas que podem ser realizadas com a participação de todos os envolvidos na comunidade escolar.
Para isso, é preciso ter em mente que a educação é uma cadeia, ou seja, para tornar os alunos protagonistas também é preciso analisar todos os atores que fazem parte do processo de ensino e aprendizado, como gestores, professores, pedagogos, funcionários administrativos, alunos, pais e a comunidade em que a instituição está inserida.
Algumas questões que ajudam a escola a iniciar a discussão são:
Qual o tipo de estrutura física e digital que a escola irá oferecer?
Como o currículo será adaptado?
Qual a melhor maneira de trabalhar isso com cada turma?
Como a escola pode inserir a comunidade escolar nesse processo?
O “Educação Federal” conversou sobre a Educação 5.0 com Lynnier Ruiz Aylon. Ela é presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica, professora da Universidade Estadual de Maringá e está à frente do Projeto Manna Team.
Fonte: Rádio Senado. Acesso em 14/12/21