Superdotação: crianças neuroatípicas precisam de ensino inclusivo
Os superdotados são indivíduos que demonstram um nível excepcional de habilidades ou talentos em uma ou mais áreas específicas. Essas habilidades podem abranger vários campos como intelectual, acadêmico, artístico, musical, atlético e criativo.
As crianças superdotadas costumam apresentar sinais como aprendizado rápido de forma natural, habilidades motoras avançadas e facilidade de adquirir vocabulário novo e complexo. Porém, psicólogos orientam que esses indícios não garantem que uma criança seja superdotada. “A avaliação adequada envolve observação por parte dos pais, professores e profissionais qualificados”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 5% da população mundial possui superdotação. Segundo o Censo Escolar do ano passado, 26.815 crianças possuíam laudo de superdotação ou altas habilidades.
Mas, especialistas apontam que esse número pode estar subestimado em função de que nem todos os pais têm condições de fazer o exame.
As peculiaridades na educação dos superdotados envolvem considerações específicas para atender às suas necessidades intelectuais, emocionais e sociais únicas, permitindo que desenvolvam todo o seu potencial intelectual, emocional e social, garantindo uma experiência educacional mais significativa e gratificante.
Segundo a mãe de uma criança superdotada, hoje não existem políticas públicas para as crianças superdotadas no Brasil. “Tem muita mãe fazendo rifa para conseguir levantar dinheiro para pagar o laudo. Essa é a nossa realidade. A gente não tem bolsa porque a superdotação não tem um CID (Código Internacional de Doença)” diz mãe.
Após diagnóstico, os passos a seguir:
Conversar com profissionais especializados. A colaboração entre pais, educadores e profissionais especializados é fundamental.
Entender melhor as necessidades específicas.
Ajudar na preparação de um plano educacional individualizado enriquecido.
Prestar apoio emocional e social.
Promover um equilíbrio saudável entre atividades acadêmicas e outras atividades, como esportes, arte, música e tempo livre.
Reavaliar periodicamente.
Enfim, a educação inclusiva é essencial para crianças superdotadas, que possuem necessidades intelectuais, emocionais e sociais únicas. É importante que os pais, educadores e profissionais especializados trabalhem em conjunto para compreender e atender às necessidades dessas crianças, promovendo um ambiente educacional enriquecido e equilibrado.
Além disso, é fundamental que as políticas públicas sejam desenvolvidas e implementadas para garantir o acesso igualitário a avaliações e apoio adequados, de forma a possibilitar o pleno desenvolvimento do potencial dessas crianças. Ao valorizar e apoiar as crianças superdotadas, estaremos criando uma sociedade mais inclusiva, diversa e pronta para beneficiar-se das contribuições únicas que elas têm a oferecer.
Fonte: Jornal de Brasília, acesso em 15/08/23
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