Santa Catarina é o primeiro estado a desenvolver uma Política sobre envelhecimento na educação, incluindo no currículo essa temática
Santa Catarina foi o primeiro estado inserir a temática e promover reflexões sobre o envelhecimento no dia a dia das mais de mil escolas de Santa Catarina é o principal objetivo da Política Estadual da Educação para o Envelhecimento, lançada nesta quarta-feira, 9, pela Secretaria Estadual de Educação (SED). Produzido em conjunto com outras treze instituições, o documento reúne sugestões de atividades pedagógicas sobre o tema que podem ser aplicadas em sala de aula para superar preconceitos e aproximar gerações. Santa Catarina foi o primeiro estado a desenvolver uma Política sobre envelhecimento na educação.
O diretor de Planejamento e Políticas Educacionais da SED, Marcos Roberto Rosa, falou sobre a importância de discutir o tema desde a escola. “As nossas crianças, jovens e adolescentes precisam ter a consciência de que envelhecemos desde que nascemos, sabendo que pessoas idosas que estão no nosso convívio merecem toda admiração e cuidado. Essa política vai auxiliar os professores a orientar nossos estudantes para que o futuro seja ainda melhor”, finalizou.
O evento contou com a participação de representantes de instituições parceiras e teve transmissão ao vivo para coordenadores e gestores escolares. A consultora e especialista em Educação com concentração em Gerontologia pela Unicamp, Meire Cachioni, que auxiliou no desenvolvimento da Política, também participou de forma remota. Durante a solenidade, foi realizada a entrega simbólica dos documentos para os representantes de escolas, coordenadorias regionais, e instituições parceiras presentes.
Com o crescente número de idosos no país e em Santa Catarina, é cada vez mais importante discutir questões relacionadas ao envelhecimento desde a escola, para promover a cooperação e solidariedade entre as diferentes gerações presentes no ambiente escolar e na sociedade.
A política foi estabelecida pelo Decreto Estadual n° 2.037, de junho de 2022. Além do lançamento do caderno, que será distribuído nas escolas, a SED vai promover formações para professores sobre o envelhecimento e o processo do curso da vida, para que a temática possa ser definitivamente inserida nos Projetos Políticos e Pedagógicos (PPP) das escolas. Além da formação continuada de professores e gestores, as escolas poderão promover atividades envolvendo as famílias dos estudantes.
A consultora Meire Cachioni destacou o pioneirismo de Santa Catarina no desenvolvimento do documento. “Será um exemplar único que servirá de exemplo para que outros estados possam avançar nesse assunto. Afinal, velhice é uma das fases mais dinâmicas da vida, por isso a importância do diálogo entre as escolas e instituições que se debruçam sobre o tema”.
O caderno é composto por cinco capítulos que definem o envelhecimento e instruem a aplicação de ações nas escolas. O primeiro capítulo reúne conceitos teóricos sobre o envelhecimento; o segundo traz políticas públicas que já existem sobre o tema e o terceiro trata especificamente sobre a educação para o envelhecimento. O quarto capítulo aborda a coeducação entre gerações e possíveis parcerias que as escolas podem buscar como referência sobre o processo de envelhecimento. As ações recomendadas para a Política Estadual estão presentes no quinto capítulo.
A Política foi escrita sob a coordenação da Gerência de Políticas Educacionais e da Diretoria de Planejamento e Políticas educacionais da SED, em conjunto com outras treze entidades: Conselho Estadual de Educação (CEE); Secretaria de Saúde (SES); Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SDS); União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC); Instituto Federal Catarinense (IFC); Conselho Estadual do Idoso (CEI); Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes (CEPA); Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab/UDESC) e Associação Nacional de Gerontologia (ANG).
Fonte: Nopontosc, acesso em 30/11/22
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